quinta-feira, novembro 30, 2006

O Samurai Idoso


Perto de Tóquio vivia um grande samurai, já idoso, que adorava ensinar sua filosofia aos jovens. Apesar de sua idade, corria a lenda que ele ainda era capaz de derrotar qualquer adversário.
Certa tarde, um guerreiro conhecido por sua total falta de escrúpulos apareceu. Era famoso por utilizar a técnica da provocação: esperava que seu adversário fizesse o primeiro movimento e, dotado de uma inteligência privilegiada para reparar os erros cometidos, contra-atacava com velocidade fulminante.
O jovem e impaciente guerreiro jamais havia perdido uma luta. E, conhecendo a reputação do velho samurai, estava ali para derrotá-lo, com o intuído de aumentar a sua fama de campeão.
Todos os estudantes manifestaram-se contra a ideia, mas o velho aceitou o desafio. Foram todos para o centro da cidade, e o jovem começou a insultar o velho mestre. Pontapeou algumas pedras na sua direcção, cuspiu no rosto, gritou todos os insultos conhecidos - ofendeu inclusive seus ancestrais.
Durante horas fez tudo para provocá-lo, mas o velho mestre permaneceu impassível. No final da tarde, sentindo- se já exausto e humilhado, o impetuoso guerreiro retirou- se.
Desapontados pelo fato do mestre ter aceito tantos insultos e provocações, os alunos perguntaram: Como o Mestre pode suportar tanta indignidade ?
Por que não usou sua espada, mesmo sabendo que podia perder a luta, ao invés de mostrar-se covarde diante de todos nós?
- Se alguém chega até ti com um presente, e tu não o aceitas, a quem pertence o presente? - Perguntou o velho samurai.
- A quem tentou entregá-lo - respondeu um dos discípulos.
- O mesmo vale para a inveja, a raiva, e os insultos - disse o mestre - Quando não são aceites, continuam pertencendo a quem os carrega consigo.

terça-feira, novembro 28, 2006

Estou bem porque estou comigo

Concordo com o Takeo!
Noel Ama quem tu és , só depois de estares bem contigo poderás estar bem com que te rodeia!
Este conselho é para ti como para todos vós...
Aonde eu estou, estou bem porque estou comigo, tudo o resto vem por acréscimo.
Aceito como fossem prendas, com um sorriso nos lábios, curiosidade nas mãos!

Só quero estar aonde quero estar!

Só quero estar aonde quero estar!

Só quero fazer o que estou a fazer!

Isso é Zen , é ser o Mundo, não sendo!

Só quero estar aonde não estou...

Só quero estar aonde não estou!
Só quero fazer o que não estou fazendo!

Matrix Ping Pong

A imaginação é o limite da arte e do divertimento!
Imagina sem barreiras e serás ilimitado....

http://www.youtube.com/watch?v=PgM11RtGjeI

segunda-feira, novembro 27, 2006

Durmo nas brumas...


Durmo nas brumas
do meu espirito!
Vivo entre as dunas
do meu coração!

Luto contra a realidade dura
para o meu sonho se tornar
em essência pura!

A guerra contra a dura realidade
jamais a vencerei!
Mas partirei orgulhoso pelas inumerosas Batalhas que ganhei!

As minhas armas são a verdade e a razão,
utilizarei como escudo e espada para minha protecção!


Vivo com o sonho,
sonho com o que vivo
Qual deles o Mundo certo?
Ambos estão profundamente perto!

Não me interessa o errado e o certo!
Simplesmente me interessa absorver as experiências de ambos,
pois só assim saberei crescer
para o meu espirito adulto ser!

Não me interessa o que poderei ter,
mas sim o que poderei saber!

quarta-feira, novembro 22, 2006

O Viajante e o Turista - part. I


Quando a questão “O que mais desejamos na Vida?” é colocada, normalmente a resposta é rápida e simples. – Ser Feliz!

A onde queremos chegar é tão conhecido como a nossa palma da mão, o difícil é encontrar o caminho. Na verdade o problema é outro, pois a via até podemos conhecer bem, contudo temos sempre a noção de não saber lá entrar, e por ventura se já lá estamos, iludimo-nos pensando que estamos noutro espaço qualquer, menos no caminho certo.

Acontece tanto esse erro a todos nós.
Quem nunca mudou de fila?
Ao concluir que a do lado é mais rápida! Todavia assim que mudamos somos invadidos por um sentimento de decepção.
Nunca podemos esquecer, pequenos pormenores da vida são actos irreflectidos da nossa maneira de ser e pensar. Uma reacção nasce sempre de uma acção. Um acto irreflectido, o que apelidamos de agir por instinto está enraizado no nosso consciente, provém dessa fonte.

O Viajante e o Turista - part. II


Supondo que o Ser Feliz é uma Cascata no coração de uma montanha onde não há indícios de civilização nenhuma a não ser um par de acanhados e despretensiosos trilhos. Há uma permanente bruma aconchegando as folhas e rochedos.

Nós somos os explorados, uns mais empenhados, outros nem tanto, uns mais com espírito de turista do que propriamente de viajante. No meio daquela floresta de imensos ecossistemas, dos mais belos pormenores, o único trilho de entrada bifurca-se, sem uma única sinalização a não ser uma singela tabela, direccionado para um lado a palavra Longo e para o outro a palavra Curto. Neste momento o que devemos escolher? Sabemos o que queremos, chegar a mais bela Cascata, porém não sabemos o caminho, num célere instante deduzimos, ambos caminhos vão lá desaguar. Se tal acontece para quê perder tempo indo pelo mais longo, com estes pressupostos o turista embica no sentido da seta e pelo Curto navega.

Passado pouco tempo chega a um penhasco, a visão é uma pintura do melhor Mestre artístico, sente que só um ser perfeito poderia reunir tais condições numa só visão.

A pacatez da água a fluir até ao precipício, a sua metamorfose sumptuosa mostrado a sua força interior ao esvoaçar até ao mergulho na lagoa de águas reluzentes e melodiosas. O som da exclamação proferida neste abraço entre o presente e o passado, assombra qualquer ser.

Durante algum tempo não pára de viajar. Pulando e saltitando o olhar por cada proeminência e reentrância. Embora seja uma experiência deslumbrante, não passa de uma experiência passiva pois não há cumplicidade entra ambos. Tal provoca rapidamente numa sensação de enfartamento do observador, sente que não há mais nada de inovador aquele sítio e aborrecido parte para seu mundo.

O que teria acontecido se tivesse escolhido o outro caminho? O tal de Longo, a este turista não sabemos pois nunca o fez, pode ser que até um dia o faça, o provável é só voltar quando a saudade pela cascata nele entre, voltará pelo mesmo trilho cada vez menos deslumbrante para si. Cada vez mais basilar no seu entendimento. Observará a cascata de longe, sempre sem nenhuma interacção, cada vez menos sentindo algo de novo e de surpreendente, pelo contrário, terá somente um sentimento de saudosismo daquilo que viveu pela primeira vez.

O Viajante e o Turista - part. III


Por outro lado o explorador viajante, quando é confrontado com o dilema Longo e Curto, raciocina neste prisma.

-Se toda esta maravilha que me rodeia, beijando o meu corpo constantemente, sem duvida irei saborear na sua plenitude, o tempo é ganho e não perdido. A sua escolha o leva pelo um caminho ondulante repleto de beleza peculiar, a bruma cada vez mais o beija intensamente, os sons dançam cada vez mais perto de si, aos poucos e poucos sente que deixa de ser um estranho e mais um familiar distante que chega a casa. Depois de uma longa caminhada de subidas e descidas de colinas e vales, de se refrescar nos riachos cristalinos. chega a uma clareira, onde uma onda energética de surpresa o encontra, levando-o a quase desmaiar. A bruma já não o beija como uma mãe beijo o filho antes de desejar uma noite descansada, mas como uma amante beija a sua maior paixão, sem o quase deixar respirar.

A melodia existente provocada por os mais afinados instrumentos, arrebatam-no para uma Dança das Esferas. O mergulho da água Presente na Passada nunca falha uma nota, o embate de milhares gotas singulares nas rochas e folhas de trepadeiras, arvores e arbustos, cria acordes de harpas angelicais. O Viajante está no meio da mais perfeita criação, faz parte da criação, é a criação! Este não só saltita o seu olhar como mergulha na lagoa e banha-se na cascata, recebe sua energia.

Este nunca se cansa, nem aborrece se de lá estar, somente deseja partilhar a sua experiência com todos seus conhecidos, quando parte deste lugar mágico não sente saudade, pois sabe como voltar, esteja aonde estiver basta fechar os olhos para sentir tudo o que sentiu, a água a massajar sua pele, os sons a mordiscar suas orelhas, os cheiros tilintar no seu nariz, tudo isso está com ele, esteja aonde ele estiver, vá aonde ele for.

O Viajante e o Turista - part. IV

Este Turista e Viajante são aos milhões entre nós, nós mesmos somos as vezes o turista ou o viajante, sempre que pensamos que podemos atingir o prazer máximo das coisas que nos rodeia, usando artificies, atalhos para a iluminação sensorial, tal não o são mais do que rápidos deslumbres do que podemos atingir por nós próprios ajudados por nós mesmos.

Tudo o que usamos externo a nós com o intuito de nos ajudam a divertir, ou a pensar mais claramente, de atingir um nível impossível de outra maneira, não passa da visão que o turista tem da cascata, por muito maravilhoso que seja, nunca iremos fazer parte dela, será cada vez mais inútil as doses usadas e cada vez menos as visões serão tão claras. Cada vez mais as visões serão distantes da realidade.

Vamos todos ser os Viajantes e nadar da lagoa da LUZ. Sentir tudo o que podemos sentir!

SER TUDO O QUE PODEMOS SER!!!!!!!

segunda-feira, novembro 20, 2006

20 de Novembro

20 de Novembro é o 324º dia do ano no calendário gregoriano (325º em anos bissextos). Faltam 41 para acabar o ano.

Eventos históricos

Nascimentos

Falecimentos

Feriados e eventos cíclicos

in www.wikipedia.com

domingo, novembro 19, 2006

Portugal visto pelos outros

Afinal Portugal não é um mistério para o Mundo...

http://www.youtube.com/watch?v=vAyhtxoxz8Y

sábado, novembro 18, 2006

quinta-feira, novembro 16, 2006

Chávena de Chá


Um professor de filosofia foi ter com um mestre zen, Nan-In, fez-lhe perguntas sobre Deus, o nirvana, meditação e muitas outras coisas.
O Mestre ouviu-o em silencio, em seguida disse: - Pareces cansado. Escalaste esta alta montanha, vieste de um lugar longíquo. Deixa-me primeiro servir-te uma chávena de chá.
O Mestre fez o chá. Fervilhando de perguntas, o professor esperou. Quando o Mestre serviu o chá encheu a chávena do seu visitante e continuou a enche-la. A chávena transbordou, o chá começou a cair do pires até o seu vistante gritar:- Pára. Não vês que o pires está cheio?
- É exactamente assim que te encontras. A tua mente está tão cheia de perguntas que mesmo que eu responda não tens nenhum espaço para a resposta. Sai, esvazia a chávena e depois volta.

quarta-feira, novembro 08, 2006

A Rocha




A Rocha

O aluno perguntou ao Mestre : - Como faço para me tornar o maior dos guerreiros ?
- Atravessa daquelas colina e insulta a rocha que se encontra no meio da planície.
- Para que? Ela não vai me responder ?
- Então golpeie-a com a tua espada.
- Mas partirei a minha espada !
- Então atacar com tuas próprias mãos.
- Assim eu vou dar cabo das minhas mãos ... E também não foi isso que eu perguntei!
O que eu queria saber era como que eu faço para me tornar o maior dos guerreiros.
- O maior dos guerreiros e aquele que é como a rocha, não liga para insultos nem provocações, mas está sempre pronto para desvencilhar qualquer ataque do inimigo

Cartoon do dia!

domingo, novembro 05, 2006

Uma coisinha para aguentarmos melhor uma segunda feira!

O verdadeiro filme dos Senhor dos Aneis

Mais um dia que ficará na História


Para o bem ou para o mal S. Hussein foi sentenciado à morte por enforcamento como mero civil, porém S. Hussein pediu para ser fuzilado como Militar.
Como o Tribunal é americano com leis americana, a sentença de morte é permitida.
Sejamos a favor ou contra, o vencedor decide como termina o vencido, sempre foi assim na História e por enquanto assim será!
A ironia desta história é quando E.U.A invadiu Iraque, dissesse o que S.Hussein dissesse, a sua imagem era de terrível ditador sanguinário, e possuía armas de destruição massiva, a sua vontade era lei. A dos E.U.A era de libertador, defensor da Verdade e Liberdade.

Hoje, Saddam tem a imagem de réu, injustiçado (não se revê nas leis do Tribunal de um País Invasor), os E.U.A a imagem prepotente e de não ligar aos valores que tanto afirma defender, além disso nunca encontrou as tais armas de destruição que usou como argumentação para invadir.

Tal Ditador não deveria ser julgado num tribunal Internacional? Como todos os outros ditadores que foram ou iriam, se tivessem sido capturados vivos!

Nesta altura Histórica ninguém consegue criar uma decisão democrática a nível de Estados de Direito. È a vontade do Vencedor da Ultima Grande Guerra (A Fria) ou estamos alinhados com Eles e vamos á boleia ou então somos afastados como crianças em conversas de adultos. Por acaso não vos parece de vivemos, a nível Global, num estado ditatorial?
Para mim, há algo no ar com esse cheiro!

P.S.: Já agora, aonde estavas tu amigo palhaço no 5 de Novembro de 2006?

sábado, novembro 04, 2006

Há filmes e filmes!

Cuidado com as saidas a noite, quem vê caras não vê corações!

 

Clicar para veres um filme Divertido

quinta-feira, novembro 02, 2006

Como encontrei o que nunca procurei ...


Já andava há horas por curvas e contracurvas, todas ligeiramente diferentes, suficiente para não se tornar inconsciente, somente mecânico.

Todos os anos na época das raras chuvas e dos longos dias, peregrinava por rotas incertas, perdidas por muitos, diárias para tantos outros. Aí sentia-me livre, a supresa dos pormenores que iam correndo sem presas até mim, sem para para vangloriaram-se. Por detrás de cada curva, um Mundo novo rapidamente se tornar em mundo presente para elevar-se a mundo das Memórias, em rápidos instantes.

Eu nunca planeio para onde ir, somente para onde não quero chegar, lugar esse que curiosamente todos desejam ir e lá ficar. Embora tanto eles como eu pretendemos o mesmo, deixar para trás problemas diários, monótonos, cansativos, as vezes tão pequenos que deixamos de ver onde começam e onde terminam, moldando-se, falsamente num só. A diferença, a meu ver, é que eles, todos os que não fazem parte do meu Eu, agem como crianças a jogar a bola. Todos correndo atrás do Balão Mágico, num instante ficamos sem saber se são eles que correm se é o campo debaixo dos seus pés de porcelana. Os adultos fazem o mesmo, deslocando-se todos para a mesma zona na mesma altura, conclusão, todo a que se foge é levado em bagagem invisível real, ligeiramente alterada de forma mas igual no conteúdo. Como agua que foge da garrafa para o copo.

Continua...

Mais um conto Oriental

"Há uma história indiana de um homem que era um ateu e agnóstico, um raríssimo tipo de postura na Índia. Ele era uma pessoa que desejava livrar-se de todas as formas de ritos religiosos, deixando apenas a essência da directa experiência da Verdade. Ele atraiu discípulos que costumavam se reunir a seu redor toda semana, quando falava a todos sobre seus princípios. Após algum tempo eles começaram a juntar antes do mestre aparecer, porque eles gostavam de estar em grupo e cantar juntos.Eventualmente foi construída uma casa para as reuniões, com uma sala especial para o mestre agnóstico. Após sua morte, tornou-se uma práctica entre seus seguidores fazer uma reverência respeitosa para a agora sala vazia, antes de entrar no salão. Em uma mesa especial a imagem do mestre era mostrada em uma moldura de ouro, e as pessoas deixavam flores e incenso lá, em respeito ao mestre.Em poucos anos uma religião tinha crescido em torno daquele homem, que em vida não praticava nada disso, e que, ao contrário, sempre disse aos seus seguidores que ficar preso a estas prácticas levava freqüentemente a pessoa a se iludir no caminho da Verdade.
"Tenhais confiança não no mestre, mas no ensinamento.Tenhais confiança não no ensinamento, mas no espírito das palavras.Tenhais confiança não na teoria, mas na experiência.Não creiais em algo simplesmente porque vós ouvistes.Não creiais nas tradições simplesmente porque elas têm sido mantidas de geração para geração.Não creiais em algo simplesmente porque foi falado e comentado por muitos.Não creiais em algo simplesmente porque está escrito em livros sagrados; não creiais no que imaginais, pensando que um Deus vos inspirou.Não creiais em algo meramente baseado na autoridade de seus mestres e anciãos.Mas após contemplação e reflexão, quando vós percebeis que algo é conforme ao que é razoável e leva ao que é bom e benéfico tanto para vós quanto para os outros, então o aceiteis e façais disto a base de sua vida."

Gautama Buddha - Kalama Sutra

Quando curiosamente te perguntarem, buscando saber o que é Aquilo,
Não deves afirmar ou negar nada.Pois o que quer que seja afirmado não é a verdade,
E o que quer que seja negado não é verdadeiro.
Como alguém poderá dizer com certeza o que
Aquilo possa ser Enquanto por si mesmo não tiver compreendido plenamente o que É?
E, após tê-lo compreendido, que palavra deve ser enviada de uma
Região Onde a carruagem da palavra não encontra uma via por onde possa seguir?
Portanto, aos seus questionamentos oferece-lhes apenas o silêncio,
Silêncio - e um dedo apontando o Caminho.
Verso Zen

Antes de entendermos o Zen, as montanhas são montanhas e os rios são rios;
Ao nos esforçarmos para entender o Zen, as montanhas deixam de ser montanhas e os rios deixam de ser rios;
Quando finalmente entendemos o Zen, as montanhas voltam a ser montanhas e os rios voltam a ser rios."