quarta-feira, novembro 22, 2006

O Viajante e o Turista - part. III


Por outro lado o explorador viajante, quando é confrontado com o dilema Longo e Curto, raciocina neste prisma.

-Se toda esta maravilha que me rodeia, beijando o meu corpo constantemente, sem duvida irei saborear na sua plenitude, o tempo é ganho e não perdido. A sua escolha o leva pelo um caminho ondulante repleto de beleza peculiar, a bruma cada vez mais o beija intensamente, os sons dançam cada vez mais perto de si, aos poucos e poucos sente que deixa de ser um estranho e mais um familiar distante que chega a casa. Depois de uma longa caminhada de subidas e descidas de colinas e vales, de se refrescar nos riachos cristalinos. chega a uma clareira, onde uma onda energética de surpresa o encontra, levando-o a quase desmaiar. A bruma já não o beija como uma mãe beijo o filho antes de desejar uma noite descansada, mas como uma amante beija a sua maior paixão, sem o quase deixar respirar.

A melodia existente provocada por os mais afinados instrumentos, arrebatam-no para uma Dança das Esferas. O mergulho da água Presente na Passada nunca falha uma nota, o embate de milhares gotas singulares nas rochas e folhas de trepadeiras, arvores e arbustos, cria acordes de harpas angelicais. O Viajante está no meio da mais perfeita criação, faz parte da criação, é a criação! Este não só saltita o seu olhar como mergulha na lagoa e banha-se na cascata, recebe sua energia.

Este nunca se cansa, nem aborrece se de lá estar, somente deseja partilhar a sua experiência com todos seus conhecidos, quando parte deste lugar mágico não sente saudade, pois sabe como voltar, esteja aonde estiver basta fechar os olhos para sentir tudo o que sentiu, a água a massajar sua pele, os sons a mordiscar suas orelhas, os cheiros tilintar no seu nariz, tudo isso está com ele, esteja aonde ele estiver, vá aonde ele for.

Sem comentários: